A Enfermidade na vida do crente-Subsídio EBD Lição 2

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Texto Áureo: Sl. 41.3 – Leitura Bíblica: Is. 38.1-8

INTRODUÇÃO
Associada à teologia da ganância está a da saúde, que defende a blindagem dos supercrentes contra as enfermidades. Para seus adeptos, a enfermidade é resultante de pecado ou falta de fé. Na aula de hoje, estudaremos a esse respeito, definiremos enfermidade à luz da Bíblia, em seguida, mostraremos que Deus tem poder para curar, mas que nem sempre isso acontece, por isso, apontaremos o caminho para a maturidade espiritual diante da enfermidade.

1. DEFININDO ENFERMIDADE
Em hebraico, o verbo halâ descreve uma pessoa em situação de fragilidade, especialmente de doença. O substantivo está associado a uma praga, com destaque para as doenças de pele, cujo regulamento se encontra em Lv. 13,14. No grego do Novo Testamento, o verbo astheneia significa fraqueza, mas também pode ser usado para se referir às fragilidades físicas. O substantivo nossos é o termo mais usado, e diz respeito à doença, muitas delas curadas por Jesus (Mt. 4.24), em cumprimento às profecias de Is. 53.4, de acordo com Mt. 8.17. Jesus também deu aos Seus discípulos a autoridade para curar as enfermidades (Lc. 19.1), muitas delas narradas por Lucas em Atos (At. 19.11). Na teologia bíblica veterotestamentária, a enfermidade é considerada uma das maiores provações, basta considerarmos a avaliação dos amigos de Jó (Jo. 2.4,7). As pessoas vitimadas pela enfermidade, na cultura judaica, eram tratadas com desdém. Por isso, os judeus temiam as enfermidades, dentre elas, a lepra (Nm. 12.12-16; 2 Rs. 7.3; 2 Cr. 26.19-21), tumores (1 Sm. 5.6; 2 Sm. 24.11,15), tuberculoses e febres (Dt. 28.22; Sl. 91.5) e varíola (Ex. 9.8-12), bem como as doenças mentais (1 Sm. 19.8; Dn. 4.26-30). Dentro daquela cultura, a enfermidade costumava ser atrelada ao pecado (Sl. 38.3,18; 2 Cr. 21.12-20). No Novo Testamento, Jesus se mostra condescendente com os enfermos (Mt. 4.23,24). A relação entre enfermidade e pecado, assumida pelos amigos de Jó, e comum na cultura judaica, foi questionada por Jesus (Jo. 9,2,3). Ao invés de evitar os enfermos, a igreja de Jesus Cristo, tal como Ele mesmo fez com os leprosos (Mc. 1.40-45), deva se compadecer com aqueles que sofrem enfermidades (1 Co. 12.26). Ninguém tem autoridade para julgar os outros por causa da enfermidade, suas origens são diversas: quebra de leis da natureza, trabalho excessivo, acidentes, preocupação, ansiedade e hereditariedade, todas elas com a permissão de Deus (Jó. 1.8-12; Gl. 4.3; 2 Co. 12.5-10).

Como está a Igreja brasileira + 20?

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Na sua obra Faminto por Mais de Jesus (CPAD), David Wilkerson afirmou: “As igrejas estão sendo invadidas pelo adultério, divórcio, rock evangélico, psicologia antibíblica e ensinamentos da Nova Era. Muitos jovens crentes estão se voltando para as drogas e o sexo ilícito, tentando preencher o vazio de suas almas. Isso acontece porque muito do que se diz em nossos púlpitos, quando muito, serve apenas para nos agradar. Os sermões não são substanciais e nem difíceis de se engolir. Na verdade, são ‘divertidos’. As histórias são bem contadas, as aplicações fáceis e práticas, e nada do que é dito chega a afetar os ouvintes”.

Em 1992, quando a aludida obra foi publicada, nos Estados Unidos, mensagens antropocêntricas, que priorizam o ser humano (como se ele fosse a medida de todas as coisas), massageando seu ego, faziam muito sucesso entre os norte-americanos. 
Por isso, Wilkerson resolveu escrever sobre o assunto, condenando com veemência a pregação triunfalista, que, em muitas igrejas, tomara o lugar da pregação que visa ao arrependimento e à vida santa.

No Brasil, à época, a igreja era diferente da estadunidense. Na Assembleia de Deus, da qual sou membro desde 1985, o assunto era 
“A Década da Colheita”, um ousado projeto de evangelização. Lembro-me, com saudades, de como eram as pregações, em 1992. Não havia espaço para olhe-para-o-seu-irmão-e-diga-isto-e-aquilo. Praticamente, não existiam animadores de auditório! Os principais pregadores dos eventos assembleianos de grande porte expunham as Escrituras com graça e sabedoria, tendo como objetivo agradar ao Senhor Jesus.

Assembléia de Deus cresce 48% em 10 anos

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Há quatro décadas a Assembléia de Deus é a maior denominação evangélica do país



Desde os anos de 1970, a Assembleia de Deus é a maior denominação evangélica do país, e continua crescendo. Segundo os números do Censo 2010 do IBGE, divulgados nesta manhã, há 12.314.410 assembleianos em todo o país. Em 2011, o IBGE já havia apresentado os dados sobre religião da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2009, que revelavam que o número de assembleianos no país já era de 11 milhões a apenas um ano do Censo 2010. Porém, com os dados do último Censo, esse crescimento pode ser melhor avaliado.

Os resultados mostram um crescimento de 48% em 10 anos. Em 2000, o número de assembleianos era de 8,4 milhões. Dez anos depois, houve um acréscimo de 3,9 milhões de novos membros. Um detalhe importante, porém, é que uma vez que esses dados não são um retrato do país hoje, mas apenas de dois anos atrás, isso significa que o número de assembleianos em 2012 é, sem dúvida, ainda maior.

Em junho de 2011, na edição histórica do jornal Mensageiro da Paz sobre o Centenário da Assembleia de Deus no Brasil, foi divulgado um levantamento do MP junto aos ministérios e Convenções das ADs filiadas à Convenção Geral das Assembleias de Deus o Brasil (CGADB), ramo maior e tronco histórico da denominação. Esse levantamento mostrava que o número total de membros dessas igrejas no país era de 7.374.891. Nesse número não havia congregados, mas apenas membros de fato, isto é, crentes batizados em águas e que estavam em comunhão com suas igrejas até março de 2011. Também não haviam sido computados, claro, os quase 100 mil novos membros que desceriam às águas batismais três meses depois, no histórico Batismo do Centenário, promovido pela CGADB em junho de 2011. Logo, considerando que o número de congregados das ADs pelo país filiadas à CGADB chega, em média, a 30% da frequência mensal em seus templos, o MP chegou ano passado ao número de 9,5 milhões de assembleianos ligados à CGADB até março de 2011.

Como o MP conta apenas com os dados concretos das ADs filiadas ao ramo maior da denominação (a CGADB), não tendo acesso a dados precisos das ADs independentes e das filiadas à Convenção Nacional das ADs do Ministério de Madureira (Conamad), não havia como precisar o número total de assembleianos no Brasil em 2011, mas já dava para ter uma ideia. Acrescentando aos dados concretos sobre a CGADB algumas estimativas e projeções sobre a quantidade de assembleianos dos ramos menores da denominação, podia-se afirmar que os assembleianos no Brasil já seriam mais de 13 milhões na época do Centenário. Lembrando mais uma vez que só o Batismo de Centenário, promovido em junho do ano passado pela CGADB, levou às águas batismais quase 100 mil novos crentes.

A História da Escola Dominical

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Histórico da Escola Dominical

A minúscula semente de mostarda que se transformou numa grande árvore
A história da Escola Dominical
Por Ruth Doris Lemos:
Sentado a sua mesa de trabalho num domingo em outubro de 1780 o dedicado jornalista Robert Raikes procurava concentrar-se sobre o editorial que escrevia para o jornal de Gloucester, de propriedade de seu pai. Foi difícil para ele fixar a sua atenção sobre o que estava escrevendo pois os gritos e palavrões das crianças que brincavam na rua, debaixo da sua janela, interrompiam constantemente os seus pensamentos. Quando as brigas tornaram-se acaloradas e as ameaças agressivas, Raikes julgou ser necessário ir à janela e protestar do comportamento das crianças. Todos se acalmaram por poucos minutos, mas logo voltaram às suas brigas e gritos. 

Robert Raikes contemplou o quadro em sua frente; enquanto escrevia mais um editorial pedindo reforma no sistema carcerário. Ele conclamava as autoridades sobre a necessidade de recuperar os encarcerados, reabilitando-os através de estudo, cursos, aulas e algo útil enquanto cumpriam suas penas, para que ao saírem da prisão pudessem achar empregos honestos e tornarem-se cidadãos de valor na comunidade. Levantando seus olhos por um momento, começou a pensar sobre o destino das crianças de rua; pequeninos sendo criados sem qualquer estudo que pudesse lhes dar um futuro diferente daquele dos seus pais. Se continuassem dessa maneira, muitos certamente entrariam no caminho do vício, da violência e do crime. 

A cidade de Gloucester, no Centro-Oeste da Inglaterra, era um pólo industrial com grandes fábricas de têxteis. Raikes sabia que as crianças trabalhavam nas fábricas ao lado dos seus pais, de sol a sol, seis dias por semana. Enquanto os pais descansavam no domingo, do trabalho árduo da semana, as crianças ficavam abandonadas nas ruas buscando seus próprios interesses. Tomavam conta das ruas e praças, brincando, brigando, perturbando o silêncio do sagrado domingo com seu barulho. Naquele tempo não havia escolas públicas na Inglaterra, apenas escolas particulares, privilégio das classes mais abastadas que podiam pagar os custos altos. Assim, as crianças pobres ficaram sem estudar; trabalhando todos os dias nas fábricas, menos aos domingos. 

Raikes sentiu-se atribulado no seu espírito ao ver tantas crianças desafortunadas crescendo desta maneira; sem dúvida, ao atingir a maioridade, muitas delas cairiam no mundo do crime. O que ele poderia fazer? 

Por um futuro melhor

Sentado a sua mesa, e meditando sobre esta situação, um plano nasceu na sua mente. Ele resolveu fazer algo para as crianças pobres, que pudesse mudar seu viver, e garantir-lhes um futuro melhor! Pondo ao lado seu editorial sobre reformas nas prisões, ele começou a escrever sobre as crianças pobres que trabalhavam nas fábricas, sem oportunidade para estudar e se preparar para uma vida melhor. Quanto mais ele escrevia, mais sentia-se empolgado com seu plano de ajudar as crianças. Ele resolveu neste primeiro editorial somente chamar atenção à condição deplorável dos pequeninos, e no próximo ele apresentaria uma solução que estava tomando forma na sua mente. 

Quando leram seu editorial, houve alguns que sentiram pena das crianças, outros que acharam que o jornal deveria se preocupar com assuntos mais importantes do que crianças, sobretudo, filhos dos operários pobres! Mas Robert Raikes tinha um sonho e este estava enchendo seu coração e seus pensamentos cada vez mais! No editorial seguinte, expôs seu plano de começar aulas de alfabetização, linguagem, gramática, matemática, e religião para as crianças, durante algumas horas de domingo. Fez um apelo, através do jornal, para mulheres com preparo intelectual e dispostas a ajudar-lhes neste projeto, dando aulas nos seus lares. Dias depois um sacerdote anglicano indicou professoras da sua paróquia para o trabalho. 

O entusiasmo das crianças era comovente e contagiante. Algumas não aceitaram trocar a sua liberdade de domingo, por ficar sentadas na sala de aula, mas eventualmente todos estavam aprendendo a ler, escrever e fazer as somas de aritmética. As histórias e lições bíblicas eram os momentos mais esperados e gostosos de todo o currículo. Em pouco tempo, as crianças aprenderam não somente da Bíblia, mas lições de moral, ética, e educação religiosa. Era uma verdadeira educação cristã. 

Robert Raikes, este grande homem de visão humanitária, não somente fazia campanhas através de seu jornal para angariar doações de material escolar, mas também agasalhos, roupas, sapatos para as crianças pobres, bem como mantimentos para preparar-lhes um bom almoço aos domingos. Ele foi visto freqüentemente acompanhado de seu fiel servo, andando sob a neve, com sua lanterna nas noites frias de inverno. Raikes fazia isto nos redutos mais pobres da cidade para levar agasalho e alimento para crianças de rua que morreriam de frio se ninguém cuidasse delas; conduzindo-as para sua casa, até encontrar um lar para elas. 

As crianças se reuniam nas praças, ruas e em casas particulares. Robert Raikes pagava um pequeno salário às professoras que necessitavam, outras pagavam suas despesas do seu próprio bolso. Havia, também, algumas pessoas altruistas da cidade, que contribuíam para este nobre esforço. 

 

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